Ortodontia

A Ortodontia é uma das especialidades reconhecidas pela Ordem dos Médicos Dentistas, que tem como objectivos corrigir as posições dos dentes nas arcadas dentárias e direccionar os maxilares para uma relação mais equilibrada.

Ortodontia

A Ortodontia é uma das especialidades reconhecidas pela Ordem dos Médicos
Dentistas, que tem como objectivos corrigir as posições dos dentes nas arcadas
dentárias e direccionar os maxilares para uma relação mais equilibrada.

O que é?

O seu principal objectivo consiste em permitir uma harmonização estética da face e dos dentes e em conseguir uma função adequada das estruturas bucais. A prática desta especialidade requer conhecimentos que pela sua especificidade, obriga a uma formação pós-graduada em Ortodontia, após a licenciatura em Medicina Dentária, num curso de pós-graduação em departamento universitário ou unidade de ensino superior, nacional ou estrangeiro, com a duração mínima de 3 anos a tempo parcial.

Questões mais frequentes

O tratamento ortodôntico é necessário quando se verificam más posições dos dentes e dos maxilares, bem como problemas funcionais nas estruturas bucais e faciais. Assim sendo, um tratamento a efectuar por um ortodontista deverá promover os seguintes objectivos:

a) conseguir uma face mais harmoniosa e um sorriso mais bonito, o que habitualmente resulta no aumento da auto-estima;

b) melhorar as funções da boca e das suas estruturas adjacentes (mastigação e deglutição, respiração, fala e expressão facial);

c) facilitar a higiene bucal, o que resultará na diminuição de futuros problemas nos dentes e nas gengivas e também no aumento da longevidade da dentição;

d) alinhar os dentes e quando possível os maxilares, o que irá ajudar os médicos dentistas a alcançarem melhores resultados clínicos nos tratamentos dentários, nos tratamentos periodontais, nos tratamentos reabilitadores com implantes e na colocação de próteses fixas e/ou removíveis;

e) reduzir a probabilidade do risco de fracturas dentárias, especialmente quando os dentes estão posicionados muito à frente (protrusão);

f) prevenir certos problemas nas articulações temporo-mandibulares.

Problemas dentários: Os dentes, por diversos motivos, não se encontram colocados correctamente nos ossos maxilares e, por isso, apresentam-se desalinhados. Nestes casos, o objectivo do tratamento ortodôntico é o de corrigir a posição dos dentes.

Problemas esqueléticos: Os ossos maxilares não se desenvolvem de forma harmoniosa, o que representa um efeito negativo na estética facial e nas funções orais. Nestes casos, o objectivo do tratamento ortodôntico é estimular ou frenar o crescimento dos maxilares.

Problemas dentários e problemas esqueléticos: Numa situação em que existe uma combinação de problemas dentários e de problemas esqueléticos, afectando não só a cavidade oral como também a estética da face. Nestes casos, o objectivo do tratamento ortodôntico é o de corrigir a posição dos dentes e restaurar o equilíbrio da face.

As más-oclusões, podem ter origem hereditária, ambiental ou uma combinação das duas.
O tamanho dos dentes e o dos maxilares, assim com a relação entre eles, são características que podem ser transmitidas de pais para filhos.
Os factores ambientais são habitualmente consequência de hábitos prejudiciais, tais como a respiração pela boca, a sucção dos dedos e da língua, o uso prolongado da chupeta, alterações na deglutição e a perda prematura dos dentes temporários (“dentes de leite”) devido à cárie dentária.

QUANTO MAIS CEDO, MELHOR!

A prevenção é fundamental. Deste modo, recomendamos que a primeira visita ao ortodontista seja por volta dos sete anos de idade. Trata-se do momento ideal para o ortodontista observar o paciente, identificar os problemas, avaliar a sua gravidade e decidir o melhor momento para se iniciar o tratamento.

A ortodontia preventiva, dirigida aos pacientes muito jovens, pretende tratar algumas situações, tais como a perda prematura dos dentes temporários, a sucção digital prolongada e as disfunções linguais.

A ortodontia interceptiva, geralmente efectuada entre os sete e os nove anos de idade, promove tratamentos com o objectivo de evitar o desenvolvimento de problemas funcionais e esqueléticos. Se estes problemas não forem tratados precocemente vão originar um crescimento e desenvolvimento incorrecto das estruturas bucais e faciais.

A ortodontia correctiva trata as más-oclusões que já se apresentam completamente estabelecidas em crianças ou adultos. O momento ideal para se iniciar o tratamento correctivo é determinado pelo ortodontista, dependendo da gravidade da situação e do estado de desenvolvimento dos dentes e dos maxilares.

  1. Melhor prognóstico para se evitar a extracção de dentes permanentes;

  2. Supervisão e orientação mais fácil dos problemas esqueléticos, pois o ortodontista pode controlar melhor o desenvolvimento esquelético antes da puberdade;

  3. Melhor resposta dos tecidos biológicos ao tratamento;

  4. Adaptação mais fácil dos pacientes jovens aos aparelhos;

  5. As crianças mais novas não se sentem apreensivas e, geralmente, não têm problemas de índole psicológica como os adolescentes;

  6. Quando o tratamento é iniciado mais cedo termina antes da criança entrar na puberdade. Por essa razão, possuem mais auto-estima do que os outros adolescentes, uma vez que melhoraram a sua estética facial;

  7. Os pacientes adultos, cujo desenvolvimento ósseo já terminou, são mais frequentemente sujeitos a extracções de dentes permanentes ou, no caso de serem portadores de problemas esqueléticos graves, necessitam de cirurgia ortognática, para corrigir as dimensões e as posições dos maxilares.

Os dispositivos usados durante o tratamento ortodôntico podem ser removíveis, ou podem ser fixos, os quais só podem ser removidos pelo ortodontista.

Aparelhos fixos

São os aparelhos ortodônticos mais utilizados. São constituídos pelos brackets onde se inserem os arcos metálicos que execerm forças para deslocar os dentes. Os brackets são colados às superfícies dos dentes.

Aparelhos de expansão

São aparelhos usados para aumentar a largura da arcada dentária, de modo a corrigir as mordidas cruzadas. Podem ser removíveis ou fixos.

Aparelhos funcionais

São aparelhos removíveis ou fixos que podem ser usados para a correcção dos problemas esqueléticos. São usados quando o ortodontista pretende orientar, estimular ou inibir o desenvolvimento dos maxilares. Colocam-se em crianças muito jovens, sendo principalmente utilizados nos períodos da pré-puberdade ou na puberdade.

Aparelhos extra-orais

São dispositivos que desenvolvem forças capazes de modificar o crescimento dos maxilares e que podem ser utilizados também para movimentar os dentes para melhores posições.

Dispositivos auxiliares

São inúmeros os dispositivos que se utilizam em conjugação com os aparelhos fixos com diversos objectivos. De entre estes podemos citar, as barras transpalatinas, os arcos linguais, os micro-implantes, os elásticos, as cadeias elásticas, as molas, etc.

Aparelhos de contenção

Depois da fase activa do tratamento, torna-se necessário manter o resultado alcançado, já que durante determinado período de tempo haverá tendência a que os dentes se movimentem para as posições prévias. Na fase de contenção utilizam-se dispositivos removíveis e/ou fixos. A cooperação do paciente é crucial durante esta fase, para que se evite a recidiva, assegurando-se dessa forma a estabilidade dos resultados do tratamento activo ao longo do tempo.

São muitos os hábitos adquiridos pelas crianças que podem causar problemas no desenvolvimento dos dentes e das estruturas bucais. Dentro desses hábitos nocivos podemos referir:

• a respiração bucal (muitas vezes relacionada com adenóides grandes, bronquite asmática, alergias, etc.),

• tensão com crispação dos dentes,

• pressão lingual,

• mordedura e/ou interposição do lábio inferior,

• roer as unhas ou outros objectos (lápis, borrachas),

• mastigar apenas de um dos lados,

• succionar o dedo, etc

Nas crianças pequenas, se existir o hábito de sucção dos dedos e se terminar entre os dois e os três anos de idade, o dano causado é diminuto e resolve-se sem que seja necessária qualquer intervenção. A criança que, após essa idade, continua a praticar esse hábito pode esconder algum tipo de insegurança ou “stress” causados por razões tão distintas como sejam a ausência dos pais, a mudança de casa ou até de escola.
Nestes casos, para se erradicar o problema, torna-se necessário um certo apoio, algum afecto e mais comunicação com os jovens. Mesmo assim, em casos persistentes, o ortodontista pode apoiar o esforço dos pais com a aplicação de dispositivos que ajudem a criança a superar esse hábito.

Problemas ortodônticos podem ser tratados na idade adulta. O tratamento de adultos requer na maioria dos casos que haja uma cooperação do ortodontista com outras especialidades da medicina dentária ou da medicina (dentisteria, periodontologia, cirurgia oral, implantologia e prótese, endodontia, cirurgia plástica, cirurgia maxilo-facial, etc.). Estes tratamentos pretendem assegurar os melhores resultados funcionais e estéticos e representam uma vantagem para o paciente uma vez que beneficia das capacidades de tratamento das diferentes especialidades.

Um tratamento ortodôntico bem sucedido requer um especialista em ortodontia e um paciente colaborante. O paciente colabora quando segue atentamente as instruções do ortodontista no que respeita ao uso dos dispositivos, quando comparece às consultas e mantém uma higiene oral impecável. Isto significa que deve efectivamente escovar os dentes três vezes por dia após as refeições, deve reduzir o consumo de alimentos açucarados, bem como evitar mascar pastilha elástica. Só assim se alcançam os objectivos estipulados no menor período de tempo possível. No que respeita à duração do tratamento, ela pode variar em média de poucos meses a dois anos, tudo dependendo da natureza e da gravidade do problema. Alguns casos mais complexos podem durar mais tempo.

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onde estamos à sua disposição de segunda a sábado. 

Consulta de Ortodontia

Para saber se precisa de um tratamento ortodôntico, e qual o aparelho mais indicado para o seu caso, deverá realizar um estudo ortodôntico. Este é feito em duas etapas distintas. Numa primeira consulta são realizados registos clínicos (exame clínico, modelos de estudo em gesso e fotografias), e exames radiológicos (telerradiografia e ortopantomografia). Num segundo momento ser-lhe-á apresentado o diagnóstico, plano de tratamento e respectivo orçamento.

Com o objectivo de proporcionar a melhor solução para a sua situação clínica, a Clínica Dentária Dra. Alexandra Reis disponibiliza-lhe os mais avançados tipos de tratamentos ortodônticos e ortopédicos, inclusive aparelhos fixos invisíveis – linguais, colocados na face interna dos dentes.

Um aparelho ortodôntico fixo é constituído por brackets (pequenas peças coladas aos dentes), nos quais encaixa um fio ou arco metálico, responsável pela aplicação de uma força sobre cada dente.

A aplicação de forças leves desencadeia um processo de diferenciação celular ao nível das estruturas ósseas que circundam o dente, conduzindo desta forma a uma movimentação dentária controlada e ao alinhamento correcto dos dentes. Os diferentes aparelhos fixos diferem entre si no desenho e imagem de cada bracket e nas distintas características mecânicas que podem apresentar. São exemplos destes aparelhos:

Aparelhos Fixos Metálicos ou Cerâmicos

Os aparelhos fixos utilizam brackets metálicos ou cerâmicos. Como forma de fixação do arco aos brackets utilizam um sistema de ligaduras ou elásticos.

Aparelhos Fixos com Sistema Auto-Ligado Passivo

Os aparelhos fixos de Sistema Auto-Ligado Passivo / Passive Self-Ligating Brackets utilizam uma tecnologia de vanguarda da Ortodontia actual em que os brackets dispensam a utilização de elásticos ou ligaduras em aço para a fixação do arco metálico. O Sistema Damon® é uma das técnicas que utiliza este tipo de brackets.

Aparelhos Fixos Invisíveis – Técnica Lingual

Para ultrapassar o problema do impacto estético de um aparelho ortodôntico fixo poderá optar por um aparelho fixo lingual. O aparelho fixo lingual é o único aparelho fixo virtualmente invisível, uma vez que é colado na face interna de cada dente (face lingual), permitindo que o tratamento seja praticamente imperceptível. A técnica lingual permite-lhe um tratamento ortodôntico com resultados idênticos às demais técnicas fixas (brackets colados na face externa dos dentes), mantendo uma aparência e um sorriso inalterados no decorrer do tratamento. O Sistema Incógnito® é uma das técnicas que utiliza a Ortodontia Lingual. Os brackets são fabricados em ligas de ouro, livres de níquel para evitar reacções alérgicas, e individualmente para cada paciente por um sistema de CAD/CAM. Garante-se, desta forma, o conforto do paciente e a máxima eficácia do tratamento.

  1. O tratamento ortodôntico fixo inicia-se com a colocação do aparelho. A colagem dos brackets e colocação do arco metálico é feita em duas consultas separadas, uma para cada maxilar. Os brackets são colados aos dentes utilizando um material que assegura a sua fixação sem danificar o esmalte.

    2. Após a colocação do aparelho seguem-se consultas de activação, em média de 4 em 4 semanas, por um período variável em função do paciente e da técnica utilizada.

    3. Durante o tratamento são em geral utilizados dispositivos acessórios, fixos ou removíveis, como é o caso dos elásticos intermaxilares que o paciente coloca e retira.

    4. Quando terminado o tratamento ortodôntico os brackets são descolados e os dentes polidos de forma a remover os resíduos de cola. Nesse mesmo dia é colocado o aparelho de contenção. Esta é uma etapa comum a todos os tratamentos ortodônticos, qualquer que seja a técnica utilizada, para pacientes adultos ou em fase de crescimento.

Terminado o tratamento ortodôntico, inicia-se a fase de contenção. Todos os pacientes devem utilizar algum tipo de aparelho de contenção, com o objectivo de estabilizar os resultados obtidos no final do tratamento.
A duração desta fase varia de paciente para paciente, dependendo da gravidade da má-oclusão inicial, da idade e ainda dos resultados atingidos no final do tratamento.
Existem aparelhos de contenção fixos e removíveis. As consultas de controlo destes aparelhos são em média de 6 em 6 meses nos primeiros 2 anos após retirar o aparelho fixo, passando a anuais nos anos seguintes